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em 18/01/2013

Acessibilidade democratiza visita a museu em Poços de Caldas

Mobília de jantar em carvalho inglês pertenceu à neta do Conde de Pinhal Mobília de jantar em carvalho inglês pertenceu à neta do Conde de Pinhal

O Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas recebe tradicionalmente mais de mil visitantes a cada janeiro. O período de férias e de alta temporada para o turismo na cidade é um fator de aquecimento na procura pela imensa casa rosa, de escadas amplas e majestosas que chamam a atenção de quem passa. A mesma escadaria que parece convidar a entrar era também um empecilho às visitas ao andar de cima do museu para qualquer pessoa com alguma limitação de locomoção. Assim, mesmo os mais admirados pela riqueza abrigada no local ficavam sem poder conferir 80% do acervo da casa. Foram anos de reivindicação e, finalmente, um projeto de acessibilidade foi implantado no local pela Associação de Amigos do Museu (Amivi), por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Agora, o local conta com um elevador de acesso ao pavimento superior do edifício. Fim do problema para milhares de turistas, sobretudo da terceira idade, que há muito desejavam realizar uma incursão completa ao museu. Outra conquista importante e em execução foi uma completa obra de restauração e manutenção de 80 peças importantes do mobiliário do museu. Conforme o coordenador do espaço, Haroldo Paes Gessoni, as peças selecionadas apresentavam problemas na estrutura, devido ao ataque de cupins, ou estavam simplesmente comprometidas pela ação do tempo. “Trata-se de peças, que, apesar do grande valor histórico, não estavam mais expostas para o público, devido ao mau estado de conservação. O projeto contemplou a recuperação e manutenção desse material”, informou. Quanto à acessibilidade, agora viável, Haroldo lembrou que este era um problema que incomodava há muitos anos. “Era frustrante para nós, que trabalhamos aqui, ver todos os dias pessoas interessadas em percorrer o museu, conhecer nosso acervo e não conseguir subir ao segundo pavimento”, disse. Segundo ele, grande parte dos prédios que abrigam os museus são edifícios históricos seculares, com valor patrimonial, mas que não foram construídos para serem museus. “Tínhamos o problema do acesso físico ao edifício por parte de pessoas com necessidades especiais. Poços é uma cidade visitada por milhares de turistas da terceira idade durante o ano inteiro e esta era uma razão a mais para que tornássemos nosso museu um espaço democrático”, disse Haroldo. De acordo com a especialista em acessibilidade em museus, Viviane Panelli Sarraf, a facilidade de acesso torna o museu mais atraente para um maior número de visitantes potenciais. “Os museus que implantam programas acessíveis começam a receber mais visitas. Os museus são exemplos de como é possível unir arte e conhecimento, e o objetivo é colocar isso ao alcance de todos”, ressaltou. Para os visitantes Carlos Sampaio de Freitas, de 58 anos, e Wilma de Freitas, de 55, que saíram de São Paulo para passear na cidade mineira, valeu a pena conhecer o local. “Foi uma surpresa boa conhecer o museu. A própria fachada do casarão já chamou a minha atenção. As peças são lindas e estão muito bem conservadas”, disse Wilma.

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