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em 18/04/2011

Audiodescrição e Libras em Festival Amazonas de Ópera

Audiodescrição e Libras em Festival Amazonas de Ópera Audiodescrição e Libras em Festival Amazonas de Ópera

Pessoas com deficiência auditiva ou visual terão acesso a recursos que possibilitarão apreciar espetáculos do 15º Festival Amazonas de Ópera (FAO), que neste ano mantém a iniciativa que privilegia a acessibilidade e a inclusão. O festival terá sessões especiais com recursos de audiodescrição e linguagem de libras. O evento realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC), inicia no dia 25 de abril e vai até 29 de maio. A primeira sessão especial será no dia 30 de abril, com a ópera “Irmã Angélica” de Giacomo Puccini. No dia 3 de maio, os recursos de audiodescrição e linguagem de libras serão utilizados na montagem de Francis Poulec, “Diálogos das Carmelitas”. No dia 22 de maio, haverá sessão especial para o espetáculo “Tristão e Isolda”, de Richard Wagner, e, no dia 29 do mesmo mês, quando encerra o FAO, os portadores de deficiências audiovisuais acompanham a montagem "Cenas Líricas", em homenagem aos 15 anos do festival, que será transmitida no Largo de São Sebastião, no Centro. Para tornar os espetáculos acessíveis a todos, a SEC conta com um grupo de profissionais que atua no Teatro Amazonas e são especializados na linguagem de libras, tradução, locução e no apoio aos deficientes. O coordenador do grupo, Gilson Mauro, revela que para produzir o texto específico aos deficientes, os profissionais participam de, pelo menos, dois ensaios de cada espetáculo. “Fazemos uma espécie de estudo da ópera e, acompanhando os ensaios, produzimos um texto de abertura com detalhes gerais sobre obra, descrição dos personagens, figurino e cenário”, disse Gilson, que também é coordenador da Biblioteca de Braile do Amazonas, instalada no Sambódromo, em Manaus. Segundo Gilson, o material preliminar é lido 30 minutos antes da apresentação para que o deficiente possa se situar no contexto da montagem. “O espetáculo segue do início ao final com o recurso de audiodescrição, no qual dois profissionais se revezam para narrar não apenas a voz do ator como também descrever todos os gestos e movimentação em cena”, explica. Para os deficientes auditivos, as óperas contarão com legendas e linguagem de libras. Neste ano, 40 lugares estarão disponíveis nas sessões especiais. Cada deficiente audiovisual contará com um aparelho auditivo, similar ao da tradução simultânea, doado pelo Instituto Vivo. O primeiro evento da SEC que utilizou o recurso de audiodescrição foi o Festival Amazonas de Ópera de 2009, com a montagem “Os Troianos” de Hector Berlioz. A partir dessa experiência, todos os eventos culturais da secretaria passaram a incluir na programação sessões especiais para portadores de deficiência auditiva, visual e física. Esses últimos possuem espaços reservados, bem como entradas diferenciadas de acesso ao teatro. Para Gilson Mauro, que é deficiente visual, a iniciativa do Governo do Estado em democratizar a cultura significa investir em inclusão social. “Não é um investimento na pessoa com deficiência, mas sim, uma maneira de promover cidadania, oferecendo a mesma oportunidade a todos, sem distinção”. Informações sobre as sessões especiais: Teatro Amazonas: 3622-1880 e Biblioteca Braile do Amazonas 3622-0868.

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