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em 17/01/2017

Editora Cartase lança Manual de Audiodecrição para Produtos Jornalisticos

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A Editora Catarse lançou o Manual de audiodescrição para produtos jornalísticos laboratoriais impressos, de Daiana Stockey Carpes e Demétrio de Azeredo Soster. O prefácio é de Dione Oliveira Moura, ex-presidenta da SBPJor e docente e pesquisadora da graduação e pós-graduação da faculdade de comunicação da UNB e a apresentação é de Felipe Mianes, audiodescritor, consultor e doutor em educação pela UFRGS e pós-doutor pela Ulbra.

A origem deste manual de audiodescrição para produtos jornalísticos remonta a 2011, quando a então graduanda em jornalismo Daiana Stockey Carpes traduziu um jornal acadêmico impresso em audiodescrição, "o Ábaco", do curso de Ciências Contábeis da Unisc, onde trabalha – para que um aluno cego pudesse ter acesso ao mesmo.

Experiência primeira, seminal – basicamente a transformação de um produto jornalístico impresso em jornal falado – mas forte o suficiente para seguir reverberando na memória dos que, direta ou indiretamente, conviveram com Daiana e sua experiência pioneira em termos de Unisc.

Foi o caso, por exemplo, do professor Demétrio de Azeredo Soster, responsável, à época, pela disciplina de Produção em Mídia Impressa do curso de jornalismo da Unisc, onde, entre outros se realiza, duas vezes a cada semestre, o jornal-laboratório Unicom.

Da necessidade, cada vez mais latente, de se experimentar novas linguagens; com elas, a inclusão social por meio de práticas acessíveis – uma preocupação muito forte na disciplina desde à época– e do diálogo desta com a presença de Daiana em sala de aula, é que a audiodescrição é implantada, pela primeira vez, na rotina produtiva do Unicom.

De início de forma simples; depois, mais elaborada, aos poucos a prática pioneira da audiodescrição no ambiente acadêmico foi se aprimorando e ganhando outras nuances: projeto experimental em 2013; monografia em jornalismo de 2014; pesquisa de mestrado em 2015, implantação da mesma na revista-laboratório Exceção, da Unisc, para ficarmos em apenas alguns exemplos .

O fato é que esta experiência, reunida, a reflexão e a prática que vêm junto com ela, tornaram imperativa a elaboração deste manual, seja para auxiliar as escolas de jornalismo preocupadas com a (ausência de) acessibilidade em suas grades; para qualificar, do ponto de vista humano, a formação dos estudantes, mas, também, para instrumentalizá-los a uma prática que, sabemos, exige conhecimento técnico daqueles que ingressam no mercado de trabalho.

Sobre os autores do Manuel de audiodescrição em produtos jornalísticos:

Daiana Stockey Carpes é jornalista, formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e aluna do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Letras/UNISC, bolsistaBipps/UNISC. No ano de 2014, criou o site acessível Jornalismo em Audiodescrição com conteúdos que promovam a inclusão dos cegos. Neste mesmo ano, o portal ficou em segundo lugar no Prêmio Nacional de Acessibilidade Todos@Web, na categoria institucionais / entretenimento / cultura / educação / blogs. O concurso foi promovido pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), em parceria com o W3C Brasil. Em 2016, organizou o livro “Audiodescrição: práticas e reflexões”, que contou com a participação de pesquisadores e profissionais da área, no país.

Demétrio de Azeredo Soster é pós-doutor pela Universidade do Vale do Sinos (Unisinos), professor -pesquisador do Programa de Pós-graduação em Letras e do Departamento de Comunicação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde pesquisa narrativas e trabalha com jornalismo-laboratório desde há pelo menos dez anos. Organizou 11 livros voltados às áreas da Comunicação, do Jornalismo e da Literatura; nela, da Narrativa. É autor, em literatura, de Tempo Horizontal (Edunisc, 2013), Livro de Razão (Insular, 2014), Quase Coisa (Catarse, 2015) – finalista do prêmio Livro do Ano da Associação Gaúcha dos Escritores (AGES) em 2016 – e Pérolas de Pedro (Catarse, 2015).

Fonte: Blog da Audiodescrição


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