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em 14/10/2015

Novo projeto da Fundação Cultural de Blumenau oferece sessões de cinema gratuitas com audiodescrição para cegos

Pessoas na plateia. Um cão guia repousa aos pés de seu dono. Pessoas na plateia. Um cão guia repousa aos pés de seu dono.

Pipoca Acessível vai exibir um filme brasileiro por mês para deficientes visuais e público em geral

A imaginação vai muito além do que os olhos podem ver. É com essa premissa que a Sociedade Cultural Amigos do Centro Braille de Blumenau abre as portas para um novo projeto a partir desta quinta-feira: o Pipoca Acessível, que tem como objetivo oportunizar a pessoas cegas o acesso integral a grandes obras do cinema brasileiro.

Todo mês, um filme será exibido gratuitamente no Cine Teatro Edith Gaertner da Fundação Cultural por meio da audiodescrição — recurso de tecnologia assistiva que possibilita aos deficientes visuais as mesmas condições de “enxergar” o que as outras pessoas enxergam. Cenas, acontecimentos e detalhes que não podem ser compreendidos sem a visão são descritas por um narrador junto aos diálogos do elenco.

Com Lázaro Ramos, Leandra Leal e Luana Piovani, o longa O Homem que Copiavaabre a programação às 19h desta quinta. Segundo Eliane Luchini, presidente do Centro Braille, títulos famosos como OlgaLula – O Filho do BrasilA Mulher Invisível eHoje Eu Quero Voltar Sozinho fazem parte do acervo doado pelo projeto Cinema Petrobras em Movimento. A ideia é que todo o tipo de público participe das sessões. Quem quiser viver a experiência de assistir a um filme sem usar os olhos terá vendas especiais à disposição:

— Nossa meta é motivar e efetivar a audiodescrição tanto na Fundação Cultural, que já promove projetos especiais para cegos, como também em outros espaços culturais da cidade — explica Yara Luana Ionen, vice-presidente do Centro Braille.

Para ela, que há cerca de 20 anos sofre de baixa visão — um nível intermediário entre a visão normal e a cegueira —, o Pipoca Acessível chega no momento em que as pessoas precisam estar cientes da importância da inclusão social:

— Ser cego não é só andar de bengala ou ter cão-guia. A gente quer lazer, cultura e queremos isso em conjunto com o resto da comunidade. A inclusão está nisso — comenta.

Além do projeto de cinema, a instituição tem investido em passeios ciclísticos e visitas museológicas.

— Queremos sempre possibilitar o acesso desse público a nossas ações culturais. Além de termos instalado audioguias e roteiros táteis no Museu da Família Colonial, organizamos cursos de braille e visitações guiadas para promover esse tipo de acessibilidade — garante o presidente da Fundação Cultural, Sylvio Zimmermann Neto.

Agende-se!
O quê: exibição do filme O Homem que Copiava no Pipoca Acessível, projeto que oferece sessões de cinema com audiodescrição para cegos
Quando: quinta-feira, às 19h
Onde: Fundação Cultural de Blumenau (Rua XV de Novembro, 161, Centro, Blumenau)
Quanto: gratuito

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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