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em 20/12/2011

Polo Astronômico de Foz do Iguaçu é o primeiro do Brasil a atender deficientes visuais

Foto noturna. Fachada iluminada do prédio do Polo Astronômico de Foz do Iguaçu. Foto noturna. Fachada iluminada do prédio do Polo Astronômico de Foz do Iguaçu.

A equipe desenvolveu objetos em auto-relevo e investiu bastante nos recursos auditivos para atender ao novo público O Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho, localizado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), recebeu, no dia 15 de dezembro, o primeiro grupo de portadores de deficiência visual – formado por alunos da rede pública de ensino de Foz do Iguaçu. Os visitantes, com diferentes graus de limitação visual, inauguraram uma nova fase do atrativo turístico voltado ao ensino da astronomia. A partir de agora, as histórias sobre a ciência da astronomia também podem ser descobertas por pessoas com deficiência visual. A monitora do Polo Astrômico, Lauane Amaral Guillen Aponte, comemorou o feito. “Nós tivemos um teste no ano passado com várias entidades, mas essa é a primeira visita oficial, pois a professora (Dineuza Maria do Amaral) fez um curso de astronomia com a gente e essa visita faz parte da conclusão do trabalho dela. A partir de hoje nós vamos começar novas atividades para receber esse tipo de grupo, mas com visitas agendadas. Isso até a gente conseguir todos os equipamentos para que o visitante consiga realizar a visita sem, necessariamente, o acompanhamento de um monitor”, destacou. Lauane contou que toda a equipe do Polo Astronômico se preparou com antecedência, participando do curso “Fundamentos Teóricos e Metodológicos para o Ensino-Aprendizagem em Astronomia: Formação de Educadores”, e que foram eles mesmos que confeccionaram os equipamentos diferenciados para receber esse público. “Como não existe o apelo visual, é preciso criar formas em alto-relevo e objetos táteis e auditivos para explicar a astronomia para esses visitantes”, completou. Para a professora Dineuza Amaral, os quatro alunos (um cego, dois com miopia degenerativa e uma com astigmatismo e daltonismo) foram escolhidos a dedo entre os 52 estudantes do Colégio Municipal Ponte da Amizade, nas disciplinas de estimulação visual. “Trouxemos alunos com diferente graus de dificuldades visuais para, também, podermos avaliar e testar os ensinamentos aqui no Polo. E a experiência está sendo maravilhosa. As crianças têm dificuldades, mas têm a mesma curiosidade, ou mais, do que outras”, contou. E é isso mesmo que foi provado pelos visitantes Leonardo Silvero Pimentel (com cegueira total), de oito anos, e Ana Júlia, de 11 anos. Questionados sobre o que mais gostaram na visita, a resposta foi breve: “De tudo”. Ana Júlia ainda completou: “Só nos livros e nas fotos eu já tinha visto algo parecido”.

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