Astro da TV Globo fala sobre a carreira de ator e sobre o festival, e também deu algumas dicas para quem pretende seguir a profissão. Eriberto Leão, ator global que fez enorme sucesso no papel do peão Zeca, no remake da novela Paraíso, acaba de ministrar uma Oficina de Interpretação no Centro Cultural Goiânia Ouro, dentro da programação do 7º FestCine Goiânia 2011. Com simpatia, antes de iniciar a atividade com o público, ele concedeu uma breve entrevista, em que falou sobre a carreira de ator e sobre o festival, e também deu algumas dicas para quem pretende seguir a profissão. O que representou para você o convite para ministrar essa oficina, aqui no FestCine Goiânia? Eu fiquei muito feliz, porque gosto de conversar, de trocar ideias, principalmente com quem está buscando trilhar o caminho das artes. Acho que, hoje, a palavra arte ficou muito pejorativa. Hoje, ser artista é mais a pessoa ser famosa do que fazer arte. E fazer arte, para mim, é uma questão vital não apenas para quem faz arte, mas vital para a nossa sociedade. É através da arte que as grandes transformações ocorrem. Como ator, acho importante pode falar sobre essas coisas, é uma missão, que eu abraço. Portanto, é um prazer estar aqui. O que te levou a seguir a carreira de ator? Uma necessidade de me expressar. Como eu não sei pintar, não sou poeta nem escritor, fui buscando e, quando comecei a fazer teatro, vi que havia encontrado uma forma de me expressar, percebi que eu tinha vocação para aquilo. Você tem preferência pela atuação no cinema ou na televisão? O que importa é você estar contando uma história que realmente seja interessante e que, de alguma forma, modifique as pessoas, mesmo que seja entretenimento puro. Entretenimento também pode ser modificador; a nossa missão é juntar as duas coisas. Quais são os seus conselhos para quem está começando a atuar agora? Que ame o ofício em si e não as consequências dele. Quem estiver interessado pelo possível glamour, ou porque quer ganhar dinheiro, vai sofrer muito. Se você ama o que faz, você vai suportar as dificuldades da profissão, porque é muito difícil. O que você acha da iniciativa dos festivais brasileiros, como o FestCine Goiânia? São momentos muito especiais, porque são encontros de pessoas que estão pensando e fazendo arte no País. É bacana ver aqui em Goiânia essas palestras, essa exibição (audiodescrição do filme Luz nas Trevas) para cegos, que eu nunca tinha ouvido falar. Já estou saindo daqui com esse aprendizado a mais. É possível você gerar uma movimentação intensa, artística, em qualquer lugar, ainda mais Goiânia, que é uma capital com mais de um milhão de habitantes. É importante ter um festival aqui e espero que ele cresça cada vez mais.