A sessão está prestes a começar. Cerca de 20 pessoas se ajeitam nas poltronas para assistirem ao filme B1 – Tenório em Pequim. Apagam-se as luzes e as imagens surgem. Além do áudio do filme, das caixas de som também sai uma narração. No saguão de um aeroporto, uma pequena delegação de atletas com abrigos das cores do Brasil. Das 20 pessoas presentes na sala, metade são deficientes visuais. Seguido pela câmera vem um homem que segura o braço de um rapaz que usa óculos. Mesmo não enxergando, todas dirigem os rostos diretamente para a tela. Ambos vestem uniformes da delegação brasileira. Os seus acompanhantes não precisam descrever o que está acontecendo. A tela escurece. A sessão que acontece na Sala P.F. Gastal em Porto Alegre, apesar de não estar lotada, evidencia o crescente interesse pela audiodescrição – não só do público cego, mas também de quem a produz. O grande problema ainda reside na regularização da profissão de audiodescritor e também na falta de conhecimento sobre acessibilidade a ambientes culturais. O início da audiodescrição em Porto Alegre – Os responsáveis pela audiodescrição do filme exibido são Letícia Schwartz, atriz e audiodescritora, e Gabriel Schmitt, técnico de áudio, da empresa Mil Palavras – Acessibilidade Cultural, criada há cerca de um ano em Porto Alegre. A origem da AD (como é chamada a audiodescrição) na cidade, entretanto, é mais antiga. Por volta de 2008, Schmitt era sócio de Bruno Klein na empresa especializada em gravação de música Beco das Garrafas, e as coisas não iam muito bem. “Os artistas começaram a sair de dentro do estúdio porque ficou mais fácil de gravar, logo o mercado começou a diminuir muito”, explica Klein, que é técnico de som e atualmente também mantém uma empresa de audiodescrição chamada Som da Luz. Na época, Letícia teve um projeto de audiolivro aprovado pelo Fumproarte e começou a ter contato direto com deficientes visuais. Um deles era o presidente da Associação de Cegos do Rio Grande do Sul (Acergs), Moisés Bauer. Foi ele quem a convidou para a exibição de uma sessão de filme com audiodescrição que aconteceria na sede da associação. Esse filme, já audiodescrito, teria vindo direto de um grupo no Rio de Janeiro que trabalha com isso. O envolvimento emocional foi tanto que ela percebeu que gostaria de se dedicar a essa atividade. Letícia então propôs que o Beco das Garrafas investisse em audiodescrição. “Optamos por desenvolver esse serviço dentro da estrutura do estúdio – o Gabriel na área técnica, eu na produção e o Bruno na área comercial”, explica. Como já tinham experiência em audiolivros, eles começaram a desenvolver protótipos na área – principalmente em curtas-metragens. “Exibimos essas primeiras tentativas várias vezes para grupos de cegos na Acergs. Fomos aprendendo a partir de muita pesquisa e também por parte do retorno dos deficientes visuais”, esclarece Letícia. De tanto procurar informações eles acabaram descobrindo em 2009 o edital da Financiadora de Estudos de Projetos (Finep) do governo federal, que dá auxilio a projetos inovadores. Inscreveram o projeto de audiodescrição no edital e foram selecionados. A partir do investimento, eles conseguiram construir toda uma estrutura, que incluía a contratação de um gestor, consultorias e investimentos em aparelhos. O retorno acabou sendo bom, mas em função de uma série de divergências em relação à administração da empresa, Schmitt e Klein optaram por separar a sociedade. Klein afirma que a questão sobre a separação da empresa também passou por uma diferença no modo de se fazer e pensar a audiodescrição. Já Letícia relata que não houve, em qualquer momento, divergência em relação à AD propriamente dita. “As divergências eram relacionadas à administração e envolveram uma série de fatores de cunho estritamente pessoal”, pondera. Essa é a história do começo da audiodescrição em Porto Alegre. A arte de descrever – Não é um caminho fácil para quem desejar ser um audiodescritor, mas, com certeza, é um caminho gratificante. “Sabe, eu estava pensando nisso exatamente hoje”, diz Letícia. “É muito louco emprestar o seu olhar para outra pessoa”. Ao mesmo tempo em que a audiodescrição procura a imparcialidade, sem medir a qualidade ou julgamento do que está sendo descrito, é impossível ser totalmente objetivo. Letícia sabe disso. “Também tem muito da pessoa, porque por mais que tu te isentes, a informação está passando por aquilo que tu és, que tu sentes e pensas. Eu só posso descrever a partir da minha forma de ver o mundo”, esclarece. A audiodescrição pode ser utilizada em qualquer produto cultural, a diferença é que cada tipo de obra vai exigir um processo. Há basicamente dois tipos de processo de descrição: a estática e a dinâmica. A dinâmica é essa que acontece em cinemas, ou em teatros – quando se tem movimento constante. Letícia explica que são em peças teatrais que ocorrem as situações mais adversas, já que se tem um roteiro pré-pronto e é preciso estar sempre atento às mudanças e possíveis improvisações. No cinema, apesar de ser dinâmico, já está tudo previamente gravado. Já uma audiodescrição estática é aquela em que a obra está parada e há um tempo livre, ou maior, para descrevê-la. A Mil Palavras não havia feito nenhum trabalho com exposição de quadros e esculturas até então. Pouco antes da exibição do B1 na Sala P.F. Gastal, houve um passeio pelo Salão de Artes Visuais do Trabalhador do Sesi. Lá, um grupo formado por deficientes visuais recebia a descrição das obras presencialmente por Letícia, sendo convidados também a tocarem nas peças. Mais do que apenas descrever, também se contextualizava a obra, seu estilo. “O primeiro passo é conhecer o que está sendo descrito e o seu público. Tem que pesquisar para dominar o assunto que tu vais descrever”, alerta ela. É importante saber para quem se destina a descrição devido à linguagem que vai se utilizar, o vocabulário e tipos de expressão. No caso dessa exposição bancada pelo Sesi, o objetivo era apenas descrever o que estava na tela. “A gente perguntou para os organizadores e eles nos disseram que gostariam que a gente apenas dissesse o que está no quadro, não entrar muito na questão das noções artísticas de cada um dos artistas”, explica Letícia. É claro que nem sempre será possível conhecer o público para o qual se destina a audiodescrição. Nesses casos, procura-se um meio termo. É preciso evitar, sobretudo, ser condescendente, isto é, explicar o que não precisa ser explicado, subestimar o público cego. É nesse sentido que trabalha Marilena Assis, professora de deficientes visuais (ela também é cega) e que atua também como revisora dos roteiros da Mil Palavras. Depois de assistir a audiodescrições que Letícia apresentava na Acergs, Marilena levantava questões pertinentes, com bons argumentos – o que levou Letícia a convidá-la para fazer as revisões do texto. “Há duas qualidades primordiais para um audiodescritor: ele não pode dar mais informações que o filme, porque tem uma parte dele que é subjetiva e deve ser entendida pelo espectador; e tem que passar emoções, mas sem exageros: transmitir o clima no tom de voz”, explica a revisora. Ela lembra de uma situação que ajuda a entender o exercício do audiodescritor: “Em uma cena, quando aparecia a lua, a Letícia descreveu que era uma lua minguante. Então, eu disse para se fazer uma analogia do formato da lua com algo comum, daí ela comparou a lua com uma banana. Perfeito, porque nem todo mundo sabe o que é uma lua minguante”. É essa questão de analogias com objetos concretos do cotidiano a principal ferramenta para a audiodescrição. A publicitária Mimi Aragón conheceu a AD quando foi convidada a participar de um curso de introdução ao tema ano no passado, em Porto Alegre mesmo. “Eu nunca tinha ouvido falar em audiodescrição até ter colocado os pés naquela sala”, revela. A capacitação se deu pelo Instituto Vivo. Letícia também estava lá para se aperfeiçoar e entrar em contato com a professora Lívia Motta – uma das maiores autoridades em audiodescrição do Brasil – que veio de São Paulo só para ministrar o curso. Foram dois meses de aula. Foi de lá que Letícia trouxe Mimi e outros colegas para formar uma equipe de apoio A Mil Palavras. Apaixonada pelo que faz e já tendo escrito alguns roteiros de AD, Mimi confirma essa dificuldade em se produzir um outro modo de olhar. Para ela, a revisão de um deficiente visual do seu texto é fundamental. “Eles te ensinam a enxergar de um jeito que seja adequado para eles. Então, é um desafio muito grande, um exercício sensível de observação de cena ou objeto”, diz. Marilene confirma essa sensibilidade: “Não é a riqueza do detalhe o mais importante, tudo depende do contexto. Aquele silêncio do filme, que é importante para o espectador que enxerga, também é importante para o cego. A narração tem que me promover para que o silêncio não me entedie, mas também não pode poluir e tirar o astral do filme”. Na hora de gravar a locução surge uma dúvida: manter a voz padronizada em todos os momentos ou variar o tom dependendo do que acontece? Para Letícia não se pode em nenhum momento concorrer com o que está acontecendo na tela. “As estrelas do filme são os personagens, toda a nossa narração é muito sutil, discreta”, comenta. Como é atriz e possui experiência de palco, ela confessa que sua formação vem a calhar nessa hora, principalmente para ajudar as pessoas a criar imagens mentais. “Essa noção eu trago do teatro. Não como criação do personagem, mas sim de se perceber expressões nos atores que devem ser descritas”, explica. Para Marilene, o tom voz tem que transmitir a beleza do que está acontecendo, e não a palavra. A palavra tem que transmitir a precisão do conceito. “O que vai me fazer apreciar ou achar bonito o quadro ou me emocionar com o sorriso de uma criança é o tom. Eu entro no clima também com a AD. Os personagens dos filmes já fazem vozes com tons diferentes, a narração tem que entrar nesse tom. Ela não pode descrever uma cena de forma séria se a cena é alegre”, acredita a professora. Já Bruno acredita que não há certo ou errado na audiodescrição. “É uma coisa tão nova que dizer que é preciso ter uma voz neutra apenas não adianta. De repente para uma criança a coisa não funciona assim, tu tens que ter uma voz carinhosa. Já para um filme de ação tu tens que ter uma voz mais agitada”, revela. A formação do público – A sessão que acontece na Sala P.F.Gastal não está lotada. A exposição com audiodescrição guiada também não contou com um grande público. Rotechild dos Santos, técnico da área de lazer do Sesi que ajudou a organizar essas atividades de inclusão, diz que foram convidados mais de 120 cegos ligados à comunidade do serviço. Poucos compareceram, o que só evidencia o maior desafio no momento para quem faz a audiodescrição: a formação do público. Na Feira do Livro do ano passado foi exibido o filme Saneamento Básico, de Jorge Furtado, com audiodescrição. Devido a uma má divulgação e também ao mau tempo, a sessão estava vazia. “Aí se colocou às nossas vistas que o grande desafio é chamar esse público, formar essa plateia”, diz Mimi. É bom ponderar, entretanto, que esse público, composto em sua maioria por adultos, nunca teve a oportunidade de se inserir nas opções culturais. “É difícil, porque eles não estão acostumados a isso. Não dá para simplesmente chegar e dizer: ‘agora vocês podem vir ao cinema’, se eles não têm o hábito de ir ao cinema ou ao teatro por vários motivos. É preciso criar esse hábito”, afirma Letícia. Uma esperança, para Gabriel Schmitt, são as crianças que já estão crescendo com essas novas possibilidades. E isso já está acontecendo. Recentemente, a Mil Palavras recebeu um depoimento comprovando que os pequenos já usufruem mais dessas opções. “Uma mãe mandou um e-mail relatando que fez uma sessão de filmes em casa para a filha, que é cega, e as amigas dela, sem problemas de visão. O filme era da turma da Mônica, e nós fizemos a audiodescrição. Conta ela que ficou observando as crianças e percebeu que sua filha estava totalmente integrada com as amigas, de igual para igual”, relata Letícia. Um passo importante também para a formação do público é a formatação dos espaços culturais para recebê-lo. No Brasil, há poucos ambientes preparados para a audiodescrição. De São Paulo, Viviane Ferreira, especialista e pesquisadora de acessibilidade cultural, principalmente em museus, relatou que existem apenas 15 museus com acessibilidade universal hoje no Brasil – isto é, preparados para receber deficientes visuais, auditivos e físicos. Atualmente ela também mantém uma empresa social que trabalha com museus acessíveis e presta consultoria, realizando produção de audioguias, materiais táteis, publicações de orientação e videolibras para exposições e projetos culturais. “A acessibilidade cultural é fundamental para garantir os direitos culturais das pessoas com deficiência, isto é, ir ao museu, assistir filmes e espetáculos do circuito cultural sem barreiras de acesso físico, comunicativo e atitudinal”, acredita. Os museus gaúchos também estão despertando para a necessidade de dotar seus espaços de acessibilidade. A própria Mil Palavras orçou recentemente um projeto para uma instituição na cidade. “O mais legal é que será uma exposição permanente no museu. A gente vai gravar em MP3 e fornecer os fones de ouvido. Assim, o deficiente visual faz o seu tour na hora que quiser, no seu ritmo”, ressalta Letícia. A beleza de enxergar – Jefferson Campos Beck e Mirian Antunes são cegos de nascença e trabalham na Acergs. A associação recebeu um kit com as películas de um grupo do Rio de Janeiro que trabalha com pessoas com deficiência. No lote há 30 filmes brasileiros audiodescritos. Para eles, ter acesso a esse tipo de informação é algo imprescindível. “Quando não temos uma AD perdemos informações e muitas vezes não conseguimos compreender por completo o conteúdo do que estamos assistindo”, argumenta Beck. Eles contam que passaram a enxergar realmente os filmes, compreendendo o que acontecia na tela, sem precisar de explicações de alguém que enxergue. “Com a audiodescrição passamos a conseguir acompanhar as cenas, pegar a essência dos filmes”, relata Mirian. Crítico em relação à audiodescrição na televisão, Beck acredita que ela deveria ser disponível a todos, sem restrições. “É muito interessante essa proposta do governo. Uma pena que, como sempre, os privilegiados são os que possuem condições financeiras mairores”, reclama. Isto é, a audiodescrição só será acessível para aqueles que têm disponibilidade do sinal digital – uma minoria no Brasil. “Gostaríamos de aproveitar a oportunidade para salientar que nós, como qualquer outro ser humano, adoramos e precisamos ter acesso à cultura”, finaliza Mirian. A audiodescrição na televisão – Segundo o Censo de 2000, há mais de 16 milhões de pessoas com alguma deficiência visual no Brasil, sendo que por volta de 150 mil se declararam cegos. A estimativa é de que já existam perto de 20 milhões de indivíduos com vários tipos de deficiências visuais no País. Logo, há muitas pessoas que necessitam ser inseridas socialmente em atividades costumeiras como ir ao cinema, ao teatro, ver televisão. Essa última atividade já está acontecendo. Desde o dia 1º de julho entrou em vigor uma lei que exige a cota de, pelo menos, duas horas de AD por semana. Paulo Romeu, um dos ativistas mais engajados nessa luta nacionalmente, conta que o apoio da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República foi muito importante no sentido de reivindicar os pedidos junto ao Ministério das Comunicações. “Enfrentamos muita resistência das emissoras de televisão, que ainda não compreenderam exatamente o funcionamento e a utilidade da audiodescrição para as pessoas com deficiência”, explica. Romeu afirma que a legislação interna existente garante a AD na televisão, e que o Brasil ratificou a Convenção Sobre Direito das Pessoas com Deficiência da ONU, que garante esse direito em todas as situações. “O problema é que ainda se discute se a Convenção é autoaplicável, ou se precisará de legislação que a regulamente em algumas situações”, completa. Um ponto que prejudicou bastante a demora da implantação dessa lei foi a coincidência da definição e implantação da TV digital no Brasil a partir de 2006. Para que a audiodescrição fosse transmitida pela TV analógica, os radiodifusores teriam de fazer investimentos razoáveis em equipamentos para um sistema que deve deixar de existir em 2016 e, ao mesmo tempo, em equipamentos para o sistema de televisão digital. Vale lembrar que a lei exige a obrigatoriedade da programação com AD para as TVs abertas brasileiras que detêm sinal digital. O descumprimento da norma do Ministério das Comunicações acarretará multa e sanções. O SBT adaptou o seriado “Chaves”, que irá ao ar todas as sextas, das 18h às 19h30min, e a edição de sábado do “Jornal SBT Manhã”. A MTV elegeu o programa “Comédia MTV”. A Globo afirma que terá cerca de três horas de AD, principalmente em filmes. Futuro da audiodescrição – Em países como a Inglaterra, já existem mais de 300 salas de cinema e teatro que disponibilizam sessões audiodescritas regularmente. Algumas emissoras de televisão do Reino Unido já transmitem 30% de sua programação com audiodescrição, apesar de estarem obrigadas a veicular somente 10%, conforme pesquisa recente. Em outros países, como Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Holanda, Itália, Japão e Portugal, a audiodescrição também já acontece regularmente. Aqui no Brasil a AD se tornou mais conhecida nos últimos dez anos devido ao seu reconhecimento como um recurso de acessibilidade – uma ajuda técnica que vem sendo exigida em todo o mundo não apenas por cegos, mas também por pessoas com deficiência intelectual, disléxicos e idosos. Marilena Assis, professora e revisora da Mil Palavras, acredita que o caminho não é associar a audiodescrição e o audiolivro apenas a cegos. “Hoje o maior público do audiolivro não são os deficientes visuais, e sim as pessoas que escutam no carro, enquanto viajam”, explica. Ela afirma que quando se pensa em produzir apenas para o público cego, ele se torna um produto caro e sem patrocínio. “Agora, se tu universalizares, ele vira mercado. Não devemos associar o audiolivro e a audiodescrição apenas a cegos. É preciso universalizar, porque assim o custo diminui e o cego tem cada vez mais chance de aproveitar”, afirma. Encarar o público cego como um nicho de mercado parece um caminho mais fácil de legitimação e de reconhecimento por parte de quem produz e investe em cultura. Mimi Aragón avalia que esse público tem um potencial de mercado inacreditável. “São cerca de 20 milhões de deficientes visuais, segundo o último Censo. É um público imenso que quer consumir cultura e que precisa ser inserido”, diz. Se não fosse pela audiodescrição, eles não teriam acesso aos produtos culturais. “É um mercado, a gente tem que ter isso em mente também, porque se nada mais funcionar para sensibilizar as pessoas que produzem cultura neste país, então que se apele para o viés mercadológico”, afirma a publicitária. A tela escurece. Todos se levantam das poltronas. Os créditos em letras brancas começam a surgir. Os deficientes visuais são ajudados pelos seus acompanhantes a tomar o caminho da saída. Termina a sessão na Sala P. F. Gastal. Do lado dos audiodescritores, sempre há a gratificação em possibilitar o acesso a produtos ou ambientes culturais para quem antes não podia desfrutá-los. Do lado do público cego, a felicidade em se sentir incluído. Não deixe de ler também a entrevista que fizemos com Lívia Motta uma das pesquisadoras mais respeitadas no campo da Audiodescrição no Brasil e que lançou o livro “Audiodescrição: Transformando Imagens em Palavras”.