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em 17/07/2012

Rede Globo: Conheça lugares em diferentes cidades do país com acessibilidade

CCBB-Rio: tábua com reprodução de imagem de Tarsila do Amaral para cegos (Foto: Divulgação) CCBB-Rio: tábua com reprodução de imagem de Tarsila do Amaral para cegos (Foto: Divulgação)

Ao longo dos anos, Brasil avança para oferecer o direito de ir e vir a todos De acordo com o Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, acessibilidade é "condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida". Em outras palavras, acessibilidade é permitir que todos possam usar e usufruir dos espaços de uma cidade. É facilitar o acesso de uma mulher grávida no ônibus; é uma pessoa obesa poder se sentar na poltrona de um teatro; é um cadeirante poder comprar seu ingresso em uma bilheteria construída para sua altura. Enfim, acessibilidade é poder ir e vir de maneira independente, autônoma. "Hoje, noto que algumas instituições já estão tendo esse cuidado e seguem as normas. Agora, uma rampa que termine em um degrau, mesmo que mínimo, não é recomendado", defende Lília Pinto Martins, cadeirante e presidente do Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro. O Brasil avança nesse sentido, mas ainda falta muito. Confira alguns espaços públicos adaptados aos diferentes tipos de deficiência - física, visual e auditiva. FORTALEZA Theatro Arthur Azevedo Desde o dia 23 de fevereiro deste ano, o teatro está em obras justamente para se adequar às normas de acessibilidade. Foram instaladas rampas, feitos rebaixamentos de bancada e da bilheteria, foi construído um camarim específico para atores com deficiência física, os banheiros foram adaptados, o piso tátil foi instalado para que deficientes visuais possam circular pelo espaço com mais tranquilidade; e foram instaladas cadeiras especiais para pessoas obesas. O teatro também oferece, todo dia 17 do mês, visitas guiadas especiais para pessoas com deficiência visual. MANAUS Teatro Amazonas A partir de 2009, a política do Teatro Amazonas de proporcionar acessibilidade para todos, levou o espaço a produzir audiodescrição e tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais) para seus grandes festivais - como o de ópera e o de cinema, além do festival de Natal. Com o tempo, toda a programação do teatro passou a contar com esses recursos. Foram disponibilizadas ainda áreas exclusivas para cadeirantes na plateia. O teatro também faz visitas guiadas com intérpretes de libras. RIO DE JANEIRO Centro Cultural Banco do Brasil Um grupo do Projeto Educativo estuda as melhores formas de tornar as exposições em cartaz no CCBB-Rio acessível à pessoas com deficiência de locomoção, visual ou auditiva, mas também para crianças de 3 a 6 anos. A visita audiovisual é feita pelo prédio e seu patrimônio por pessoas com deficiência visual, mas pessoas sem deficiência podem participar, colocando vendas nos olhos para experimentar uma visita diferente. Guia e guiado percorrem o prédio e vão tocando em pontos determinados. Em cada sala, o visitante sente aromas diferentes, que remetem ao significado do espaço, construindo o imaginário do visitante aos poucos e tornando a visita sensorial. Para cada exposição, o Projeto Educativo elabora uma "Estação Sensorial", ou seja, um móvel com gavetas que representam um eixo temático da exposição. Visitas em libras acontecem às quintas-feiras e sábados. Vale chegar cedo para pegar senha. É grátis. Museu Histórico Nacional O espaço já ganhou da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a medalha de prata em acessibilidade. Há 15 anos pessoas cegas ou com deficiência visual podem passear pelo pátio interno e ler as identificações dos canhões em braile. Ao longo desses anos, foram feitas rampas de acesso, elevadores para cadeirantes, escadas rolantes. Foram elaborados também projetos de visita guiada com audioguias normais e em libras. Durante o passeio, pessoas com deficiência visual podem entrar e tocar em uma das caixas de carruagem original. A visita guiada acontece uma vez por mês e tem convênio com o Instituto Benjamin Constant. Teatro Carlos Gomes A Lavoro Produções empresa que trabalha na criação de projetos culturais com acessibilidade, propôs ao teatro um projeto ainda raro no Rio de Janeiro, com o objetivo de incluir as pessoas com deficiência visual - cegos e pessoas com baixa visão - além de pessoas com deficiência intelectual, autistas, disléxicos e com síndrome de Down, por meio da audiodescrição; e de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio de libras e do serviço de legendagem, como as que são utilizadas pelos canais de televisão em closed caption. A audiodescrição é uma narrativa objetiva de todas as informações visuais do que acontece no palco. Assim, a narradora explica as expressões faciais e corporais, ações dos personagens, detalhes do ambiente, figurino, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de informações escritas em cenários ou adereços. "Para completar a acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, o programa da peça tem versão em braille", explica Lara Pozzobon, da Lavoro Produções. "A gente recebe headphone e ouve tudo o que uma pessoa descreve sobre o que acontece no palco. Ela precisa ter cuidado para não atrapalhar a fala dos atores. Nesse domingo (dia 15 de julho), tem espetáculo e eu vou", diz Ethel Rosenfeld, educadora aposentada e deficiente visual. Para complementar a acessibilidade, o teatro oferece também legendagem com todos os diálogos, músicas e informações sonoras do espetáculo, que é utilizada pelas pessoas com deficiência auditiva que não entendem libras. A audiodescrição, a legendagem em closed caption e a tradução em libras dos eventos no Carlos Gomes são feitos no primeiro e no terceiro domingo de cada mês. SÍO PAULO Museu da Língua Portuguesa Hoje, o espaço tem total acessibilidade para pessoas com deficiências de locomoção em seus espaços: rampas, elevadores e quatro cadeiras de rodas que ficam à disposição do público (que podem ser solicitadas na bilheteria). A partir do pátio de acesso ao museu, há o piso podotátil que facilita a circulação de pessoas com deficiência visual. Para atendimento de surdos há um educador fluente em libras. Para se informar sobre as visitas em libras, é preciso entrar em contato através do e-mail museu@museulp.org.br. O museu irá implantar em breve o serviço de audioguia para cegos. Serão 10 tocadores de MP3 que ficarão à disposição dos interessados no pátio de acesso ao museu. Não será cobrada taxa alguma, apenas a apresentação de documento para retirada do equipamento. Este aparelhos, receberão, em breve, um vídeo em libras. Museu do Futebol O Museu do Futebol, sediado no Estádio do Pacaembu, foi todo planejado para ser acessível a todos. Desde sua concepção, todas as salas e seu conteúdo foram pensados para atender diferentes perfis de público: brasileiros e estrangeiros; pessoas com deficiência física, intelectual e com mobilidade reduzida; crianças, jovens, adultos e idosos. Em fevereiro de 2009, o espaço recebeu o certificado 5 estrelas da Secretaria Municipal de Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo. O museu tem acesso a todos os andares do edifício por meio de elevadores para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção; piso podotátil para pessoas com deficiência visual em todo o percurso da exposição de longa duração; vagas reservadas para pessoas com deficiência no estacionamento; banheiros para cadeirantes em todos os andares; e 23 maquetes táteis para o público com deficiência visual e limitação de compreensão de linguagem. O museu faz também um trabalho de educação inclusiva, com atendimento especial a pessoas com deficiência. Trata-se de uma visita mediada por educadores. O público tem acesso ao material exposto, mas também a jogos e materiais sensoriais elaborados exclusivamente para o atendimento educativo.

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