Ouça sobre a exposição:
Para encerrar com chave de ouro o projeto “As Sete Maravilhas de Minas Gerais – Feche os Olhos e Veja”, trazemos até vocês o movimento musical mineiro que surgiu dos encontros de jovens músicos em Belo Horizonte na década de 1960. A sonoridade daqueles jovens se fundia com inovações trazidas pela Bossa Nova com elementos do Jazz, do Rock – principalmente Beatles -, música folclórica dos negros mineiros com alguns recursos de música erudita e música hispânica. Nos anos 70 esses artistas se tornaram referência de qualidade na MPB pelo alto nível de sua sonoridade, influenciando diversos cantos do país e do mundo.
Esse grupo surgiu da grande amizade entre Milton Nascimento e os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô), no bairro Santa Tereza em BH, mais precisamente em 1963, quando Milton chegou à capital para estudar e trabalhar.
Em 1972, lançam seu primeiro LP, apresentando um grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a miscelânea de sons que vão da Bossa Nova ao Rock Psicodélico, passando pelo Jazz, ritmos do interior de Minas, folk rock, da música erudita-popular de Villa-Lobos, e o nascente Rock Progressivo; e nas letras, riqueza poética. Por serem os primeiros na moderna MPB a promoverem a integração musical do Brasil com o restante da América Latina, lançaram as bases da chamada World Music; pela busca de ambientações sonoras, também são considerados os precursores da música New age no Brasil.
Para alguns críticos sofisticados, sobretudo os ligados ao Jazz, o movimento chega a superar o movimento baiano-paulista Tropicalismo, em sua contribuição para a renovação da sonoridade e qualidade na música popular brasileira e internacional, embora contemporâneos.
Tendo como principais integrantes Milton Nascimento, Lô Borges, Márcio Borges, Tavinho Moura, Flávio Venturini, Vermelho, Toninho Horta, Beto Guedes e Fernando Brant, temos a honra de apresentar um pouco da grandiosidade do “Clube da Esquina”.