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Exposição
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Passeios pelo Invisível

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Ouça sobre a exposição:

A exposição Passeios pelo Invisível – fotografias feitas por pessoas com deficiência visual” é resultado de quatorze encontros fotográficos com um grupo de 14 pessoas com deficiência visual do Lar Escola “Santa Luzia” para cegos. Essa oficina de fotografia coordenada pelo fotógrafo Júlio Riccó, teve um caráter experimental, observando e compartilhando informações sobre a fotografia. Sendo a exposição “Passeios pelo Invisível” uma produção artística para pessoas com e sem deficiência visual, ela possui recursos de acessibilidade como audiodescrição e fotografias táteis. Os visitantes da exposição são convidados a experimentarem os trabalhos fotográficos através do uso da visão, da audição e do tato. Além de mostrar uma produção artística de alunos do Lar Escola Santa Luzia para Cegos, pretende garantir a acessibilidade e motivar novas experiências de inserção social de pessoas com deficiência ao mostrarem suas habilidades e possibilidades de expressão artística. Júlio Riccó | Orientado por Pelópidas Cypriano de Oliveira Audiodescrição de Flávia Machado com locução de Maith Oliveira

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  • Fotógrafo: Marisa
    Fotógrafo: Marisa

  • Fotógrafo: Manoel
    Fotógrafo: Manoel

  • Fotógrafo: Valmiro
    Fotógrafo: Valmiro

  • Fotógrafo: Oswaldo
    Fotógrafo: Oswaldo

  • Fotógrafo: Solange
    Fotógrafo: Solange

  • Fotógrafo: Sinésio
    Fotógrafo: Sinésio

  • Fotógrafo: Rafael
    Fotógrafo: Rafael

  • Fotógrafo: Laércio
    Fotógrafo: Laércio

  • Fotógrafo: Josiane
    Fotógrafo: Josiane

  • Fotógrafo: Hozana
    Fotógrafo: Hozana

  • Fotógrafo: Maria Dasy
    Fotógrafo: Maria Dasy

  • Fotógrafo: Cristiano
    Fotógrafo: Cristiano

  • Fotógrafo: Cícero
    Fotógrafo: Cícero

  • Fotógrafo: Aparecida
    Fotógrafo: Aparecida

Entrevista

Ouça a entrevista:

Namastê a todos os internautas que nos presenteiam com seus cliques em nosso site. E eu Vânia Silveira, tenho o grande prazer de conversar com Júlio Riccó, fotógrafo profissional e com a audiodescritora profissional, Flávia Oliveira Machado. Ambos essenciais para a realização da Exposição “Passeios Pelo Invisível”. Resultado do trabalho dos alunos do Lar Escola Santa Luzia para Cegos de Bauru (SP). Vânia Silveira: Conta pra gente o que te levou a ser um voluntário no Lar Escola Santa Luzia, como nasceu o trabalho que resultou na Exposição “Passeio pelo invisível” e o porquê deste título? Júlio Riccó: O que me levou a ser voluntário no Lar foi o fato de minha mãe trabalhar ali e desenvolver com os deficientes visuais um projeto de teatro. No início eu fazia fotografias para divulgação deste trabalho e depois fui levando para o meu lado profissional, pois queria trazer um pouco da minha paixão que é a fotografia para a deficiência visual e o que acabou resultando também para a pesquisa do meu mestrado. O título surgiu a partir de experiências com os meus olhos vendados, passeando pelo invisível na tentativa de ter a sensação de como é ser um fotógrafo cego. Assim surgiu o título “Passeios pelo invisível”. Vânia Silveira: Os alunos participantes eram cegos ou com visão subnormal? Júlio Riccó: Alguns dos participantes possuem visão subnormal, mas na maioria são cegos. Vânia Silveira: Como cada um escolheu o tema de sua fotografia? Júlio Riccó: A cada encontro eu sugeria alguns temas, entregava para cada um deles equipamentos fotográficos descartáveis para que levassem para suas casas e fizessem seus registros. A partir daí eles foram descobrindo quais destes temas queriam fotografar. Vânia Silveira: A audiodescrição, que aliás ficou riquíssima em detalhes, foi feita apenas após as fotografias estarem prontas ou foi necessário fazer a audioescrição antes de os alunos fotografarem para que isso pudesse ajudá-los a escolher os elementos que iriam fotografar? Flávia Machado: A audiodescrição foi feita após as imagens estarem prontas. Na verdade só depois é que escolhemos quais imagens iriam para a exposição. Vânia Silveira: Quais foram as dificuldades durante os encontros com seus alunos no momento de fotografar e como foi a reação de todos no final. Em especial a reação dos alunos e do público que visitou a exposição no SENAI em Bauru (SP)? Júlio Riccó: No início as dificuldades foram relacionadas às questões de regras de composição e enquadramento, pois o que valia como regra para mim fotógrafo profissional, não valia para eles. Então fui percebendo durante os encontros com os alunos, que os mesmos iam descobrindo os seus próprios enquadramentos e composições e o que atraia a eles, e não a quem está vendo a fotografia que ele está realizando. A reação foi de emoção ao ouvir a audiodescrição feita pela Flávia, também de alegria por descobrirem o que cada colega fotografou e de interatividade com o público que fizeram experiências com os olhos vendados ao passarem por cada fotografia. Vânia Silveira: Existe alguma diferença entre audiodescrever uma imagem estática, como é o caso da fotografia, e de se audiodescrever imagens em movimento, como por exemplo: os filmes. Eu gostaria que você dissesse, quais são essas diferenças e o que pode e o que não pode na hora de se audiodescrever esse gênero? Flávia Machado: Em relação quanto a diferença para se audiodescrever uma imagem estática e uma imagem em movimento o principal fator é o fator tempo, pois temos que ponderar para que este detalhamento não fique muito cansativo para quem está recebendo aquela informação. A objetividade e a clareza são dois pilares da audiodescrição para qualquer gênero. Tanto para filme, fotografia, produtos culturais e artísticos. Encerramento: Muito obrigada, Júlio e Flávia pelo carinho e atenção e afirmo que a Midiace está sempre de portas abertas para recebê-los. E fica aqui a dica para todos os nossos internautas, que a exposição do mês de março será sobre fantasias de carnaval. Não percam e até lá!