Um método que transforma imagens, roupas, cenários e ações em comunicação. Denominado de “audiodescrição”, esse recurso tem a finalidade de transmitir às pessoas com deficiência visual total ou parcial, todas as cores, brilho, beleza e grandiosidade de uma atração cultural. No Amazonas, o recurso é desenvolvido por um grupo da Secretaria de Cultura (SEC). Criado em 2009 com o objetivo de tornar os espetáculos acessíveis às pessoas com deficiência total ou parcial de visão, o grupo de audiodescritores da SEC participa dos principais eventos da cidade como o Festival de Ópera, de Cinema, de Teatro, e mais recentemente, do Concerto de Natal. Composto por quatro componentes, Layla Lopes, Mario Célio, Gilson e Sandra Oliveira, os audiodescritores são responsáveis por criar o roteiro, dirigir, narrar e realizar as apresentações durante os espetáculos. Apesar de já existir em algumas regiões do País como o Sudeste e o Nordeste, a audiodescrição é pouco conhecida na região Norte. De acordo com uma das participantes do grupo, Layla Lopes, vários estudos ainda estão sendo feitos pelo Brasil para encontrar o melhor método de audiodescrever. “Aqui em Manaus ainda é muito novo, mas posso afirmar que a maneira que fazemos é satisfatória. Eles sempre fazem questão de dizer o quanto ficaram encantados com um detalhe da roupa de um personagem ou o jeito como os protagonistas estavam em cena” afirmou. Audiodescrição traz acessibilidade Por meio da iniciativa da Secretaria de Cultura do Amazonas (SEC), o método da Audiodescrição teve início no final de 2009. A professora doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Lívia Villela Motta, foi a responsável por capacitar o grupo de audiodescritores. A pesquisadora veio a Manaus por meio da parceria entre o Instituto VIVO e a SEC e o primeiro espetáculo apresentado pelo grupo foi “Sansão e Dalila”. A ideia é despertar nas pessoas com deficiência o prazer de participar de uma atração cultural. No Brasil, de acordo com o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem aproximadamente 35,7 milhões de pessoas que possuem deficiência visual total ou parcial. Biblioteca braile possui filmes com audiodescrição Localizada dentro do bloco C do Centro de Convenções (Sambódromo), a Biblioteca Braille do Amazonas possui um acervo de livros em formato MP3 e braile, filmes com audiodescrição, além de aulas de violão e teclado e informática. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h (aberta no horário do almoço).