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em 23/01/2013

Audiodescrição inclui socialmente pessoas com deficiência visual no AM

Audiodescritora Lívia Maria Villela de Mello Motta Audiodescritora Lívia Maria Villela de Mello Motta

Um método que transforma imagens, roupas, cenários e ações em comunicação. Denominado de “audiodescrição”, esse recurso tem a finalidade de transmitir às pessoas com deficiência visual total ou parcial, todas as cores, brilho, beleza e grandiosidade de uma atração cultural. No Amazonas, o recurso é desenvolvido por um grupo da Secretaria de Cultura (SEC). Criado em 2009 com o objetivo de tornar os espetáculos acessíveis às pessoas com deficiência total ou parcial de visão, o grupo de audiodescritores da SEC participa dos principais eventos da cidade como o Festival de Ópera, de Cinema, de Teatro, e mais recentemente, do Concerto de Natal. Composto por quatro componentes, Layla Lopes, Mario Célio, Gilson e Sandra Oliveira, os audiodescritores são responsáveis por criar o roteiro, dirigir, narrar e realizar as apresentações durante os espetáculos. Apesar de já existir em algumas regiões do País como o Sudeste e o Nordeste, a audiodescrição é pouco conhecida na região Norte. De acordo com uma das participantes do grupo, Layla Lopes, vários estudos ainda estão sendo feitos pelo Brasil para encontrar o melhor método de audiodescrever. “Aqui em Manaus ainda é muito novo, mas posso afirmar que a maneira que fazemos é satisfatória. Eles sempre fazem questão de dizer o quanto ficaram encantados com um detalhe da roupa de um personagem ou o jeito como os protagonistas estavam em cena” afirmou. Audiodescrição traz acessibilidade Por meio da iniciativa da Secretaria de Cultura do Amazonas (SEC), o método da Audiodescrição teve início no final de 2009. A professora doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Lívia Villela Motta, foi a responsável por capacitar o grupo de audiodescritores. A pesquisadora veio a Manaus por meio da parceria entre o Instituto VIVO e a SEC e o primeiro espetáculo apresentado pelo grupo foi “Sansão e Dalila”. A ideia é despertar nas pessoas com deficiência o prazer de participar de uma atração cultural. No Brasil, de acordo com o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, existem aproximadamente 35,7 milhões de pessoas que possuem deficiência visual total ou parcial. Biblioteca braile possui filmes com audiodescrição Localizada dentro do bloco C do Centro de Convenções (Sambódromo), a Biblioteca Braille do Amazonas possui um acervo de livros em formato MP3 e braile, filmes com audiodescrição, além de aulas de violão e teclado e informática. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h (aberta no horário do almoço).

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