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em 19/05/2011

Ensaio sobre o olhar

'Olhares Guardados', com a Companhia Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual, de Londrina: 'inclusão teatral' 'Olhares Guardados', com a Companhia Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual, de Londrina: 'inclusão teatral'

"Olhares Guardados", espetáculo que será apresentado na Oficina de Teatro da UEM no sábado e domingo, dentro do festival Maio no Palco, foi montado com o Prêmio de Teatro Myrian Muniz da Funarte de 2009 e estreou no Festival de Teatro Internacional de Londrina (Filo) no ano passado. O próprio nome do grupo londrinense traz uma particularidade que normalmente chama a atenção do público: Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual. Todos os atores da peça são cegos. "A proposta do projeto é trabalhar com pessoas com deficiência visual dentro da montagem de um espetáculo de teatro em um processo de inclusão através das artes cênicas", diz o diretor, criador e produtor da peça, Paulo Braz. Braz explicou que o projeto não leva em consideração a deficiência doas atores, mas a capacidade que eles têm de participar de um espetáculo de teatro usando técnicas de atuação. "Eles usam todo um processo que vai desde a cenografia, adereços de cena e sonorização. Como eles são deficientes visuais, automaticamente eles têm o tato, a audição e o olfato muito mais desenvolvidos e trabalhamos muito com o tato na peça". Entre as estratégias usadas está um piso de borracha que liga vários pontos do cenário, fazendo ao mesmo tempo parte da cenografia e servindo de referência de localização para os atores. Eles também atuam muito com a audição usando vários sinais sonoros. "Olhares Guardados", com a Companhia Projeto Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual, de Londrina: "inclusão teatral" A história mostra um fotógrafo que desembarca de trem num pequeno vilarejo. Na estação, ele encontra um grupo de pessoas instigantes: um músico, uma costureira, um escritor e um comerciante de antiguidades. Ao fazer fotos de cada um, o fotógrafo estabelece relações com suas histórias pessoais. Reflexão Braz explicou que a peça tem uma história que trata da valorização do olhar para causar uma reflexão e não faz uma abordagem da cegueira. "Se você fizer um trabalho em que fala o tempo todo sobre a cegueira, você não não valoriza o trabalho deles como atores. Seria um depoimento ou opinião sobre a deficiência visual. Nesse caso é o contrário, a gente quer que o público goste de um espetáculo com atores interpretando", diz o diretor. Pelas críticas positivas, tanto do público quanto da crítica, que "Olhares Guardados" tem conquistado desde sua estreia no Filo em 2010, o objetivo de Braz tem sido atingido. Para conferir "Olhares Guardados" Com a Companhia Expressividade Cênica para Pessoas com Deficiência Visual Sábado, às 21h, e domingo, às 20h, na Oficina de Teatro da UEM. Ingressos: R$ 4 e R$ 2

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