Quinze bailarinos fazem parte da Associação de Balé e Artes para Cegos Acabou neste domingo (26) em São José dos Campos o Festidança, um dos maiores festivais de dança da região. O espetáculo de encerramento foi emocionante e reuniu bailarinos com deficiência visual. Elas deslizam pelo palco com a graça de toda bailarina, mas o público nem imagina o trabalho feito para que o grupo atinja a perfeição. “Tudo isso é orientado pelas professoras, que vão falando 'mais para a direita, mais para esquerda'. Na hora do giro, para saber se estou de frente, elas falam 'parou'”, contou a bailarina Geisa Pereira. Geisa é deficiente visual e dança balé há 15 anos. Ela e outros 15 bailarinos com a mesma deficiência são a prova de que não há obstáculos para a arte. “A sensação é maravilhosa e cada momento é único. Temos que tirar de dentro da alma se quisermos que o público plauda a gente por qualidade”, completou. A apresentação da Associação de Balé e Artes para Cegos, de São Paulo, foi no encerramento da 22ª edição do Festidança. Esse ano, o festival reuniu 1500 bailarinos em 300 coreografias, e atraiu um público de oito mil pessoas. “Essa inclusão é uma novidade e estamos querendo fazer com que a dança também tenha essa participação e inclusão social”, explicou o presidente da Fundação Cultural, Mário Domingos de Moraes.