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em 26/10/2011

Seminário debate questões de acessibilidade nos países de língua portuguesa

Mosaico em forma de quebra-cabeça contendo as bandeiras dos países membros da comunidade de língua portuguesa. Mosaico em forma de quebra-cabeça contendo as bandeiras dos países membros da comunidade de língua portuguesa.

Brasília – Com objetivo de estabelecer uma agenda para cooperação e divulgação dos direitos humanos das pessoas com deficiência na comunidade de países de língua portuguesa, foi aberto hoje (25) o seminário Direitos Humanos dos Deficientes na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Participam do evento representantes de Portugal, Cabo Verde, São Tomé e da Guiné-Bissau. Além de reuniões para apresentação de projetos que promovam a melhoria da acessibilidade, o seminário também mostrará trabalhos e painéis com assuntos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência e experiências adotadas nos países da comunidade que contribuíram e incentivaram as ações de acessibilidade. Participaram dos debates de hoje os professores da Universidade de Brasília (UnB) que estão envolvidos em uma pesquisa interdisciplinar que envolve pessoas com deficiência visual. O projeto consiste no aperfeiçoamento da audiodescrição, que tem a finalidade de traduzir imagens em palavras. "Pensamos nesse projeto como uma forma de levar cultura para aqueles que não podem contemplá-la visualmente", disse a professora Soraia Alves. Ela explicou que os produtos culturais, filmes, teatro, musicais, espetáculos de dança, são os objetos de estudo da pesquisa por se tratar de materiais maleáveis. "A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) está exigindo a aplicação de suas normas para os materiais áudiodescritivos, e isso dificulta o trabalho. Com cultura, temos maior liberdade por se tratar de uma obra já finalizada e comercializada. Cabe aos autores desses objetos interferirem ou não", disse. Para o professor de fisioterapia, Emerson Martins, são necessárias políticas públicas incisivas para o apoio a audiodescrição e quaisquer outras ações que visam à acessibilidade. "É algo que exige reforço financeiro e logístico e, sem ajuda, não conseguiremos progresso nesta área". Promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e a Universidade Luso-Afro-Brasileira, o seminário, que termina na próxima quinta-feira (27), apresentará um documento, com propostas feitas pelos países, que servirá de base para a construção de um projeto único para as questões de acessibilidade.

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