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em 20/02/2013

Cabide que fala ajuda deficientes visuais a escolher o que vestir

Cabide que fala Cabide que fala

Chip instalado no acessório armazena mensagens gravadas anteriormente e as reproduz quando botão é acionado. Primeiro modelo já foi aprovado. Como escolher a roupa no armário? Tarefa difícil para quem não enxerga. “Ele tem que fazer o quê? Tem que memorizar a posição e a textura daquilo que ele guardou dentro do armário”, explica a terapeuta ocupacional Neila Vieira de Souza. E se o cabide avisasse o que está pendurado nele? “Bom dia, eu sou seu blazer rosa”, anuncia a voz no cabide. A ideia surgiu de duas irmãs donas de uma fábrica em Petrópolis, Região Serrana do Rio. “Minha irmã é pedagoga, trabalha com deficientes visuais. Então os alunos se queixavam muito dessa necessidade organizacional de como se vestir, como melhor aproveitar o seu dia a dia”, lembra Adriana Sêmola, dona da fábrica. O segredo está em um chip instalado dentro, que armazena as mensagens e é ligado a um alto-falante. É preciso apertar um botão atrás para gravar, como “Esta é a sua camisa azul turquesa”, e ouvir ao acionar outro botão na frente. O cabide também tem o conceito de sustentabilidade. É feito com sobras de madeira reciclada. A dificuldade, por enquanto, é encontrar uma empresa que fabrique um chip semelhante no Brasil. O do modelo atual foi importado da China. A fábrica vai produzir agora 500 peças e distribuir em instituições de atendimento a deficientes visuais e em uma feira do setor em abril. Luis Benedicto está entre os mais de 6,5 milhões de brasileiros cegos ou com grande dificuldade de enxergar. Ele aprovou a invenção. “A facilidade de ter a livre escolha da roupa que você quer, da camisa que você quer”, comenta ele. “Vai apertando os botõezinhos e vai vendo qual é a camisa”, completa.

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