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em 25/05/2011

Novo implante fractal de retina pode permitir a visão para cegos

Novo implante fractal de retina pode permitir a visão para cegos Novo implante fractal de retina pode permitir a visão para cegos

Uma nova pesquisa afirma que implantes de retina podem restaurar a visão em alguns pacientes com cegueira, mas para serem realmente eficazes, devem ser adaptados à estrutura original do olho humano. Alguns distúrbios da visão, como a degeneração macular, danifica os cones e bastonetes do olho, mas deixam os neurônios intactos. Certos implantes funcionam através da comunicação com os neurônios, enviando informação visual para ser processada no cérebro. Porém, os chips e os olhos não funcionam da mesma maneira, e não há ligações suficientes entre os neurônios e os receptores de luz implantados (fotodiodos). Segundo os pesquisadores, isso acontece porque os neurônios seguem uma estrutura ramificada, fractal, e os chips utilizam caminhos retos (fractais são padrões semelhantes de repetição). Agora, uma nova solução propõe embutir materiais em nanoescala aglomerados no fotodiodo, que se “autoacomoda†em formas fractais. A aglomeração seria depositada em um fotodiodo com um gás inerte. No caso, os cirurgiões implantam o dispositivo dentro dos olhos de pacientes que perderam a visão, e essa interface melhorada com o neurônio permitiria que o paciente obtivesse informações com mais luz a serem transmitidas ao nervo óptico. Segundo os cientistas, isso funcionaria com quase 100% de eficiência. Os pesquisadores estão começando um projeto de um ano para estudar os metais a serem utilizados nessa montagem fractal. Eles vão procurar metais com forte biocompatibilidade e eficiência, dentre outros atributos. O projeto é resultado do interesse dos cientistas nas semelhanças e diferenças entre o olho humano e câmeras digitais. Os cones nos olhos se concentram no centro, assim o olho tende a ver os itens diretamente na frente dele – isso significa que você tem de mover continuamente os seus olhos ao redor para ver pequenas áreas. Já os fotorreceptores de uma câmera são distribuídos uniformemente, permitindo que ela veja tudo em seu campo de visão. Se os nossos olhos vissem como uma câmera, com uma distribuição uniforme dos receptores, haveria tanto estímulo em nossa visão que o nosso cérebro nunca poderia processá-lo inteiramente. Em vez disso, nossos olhos exploram padrões fractais encontrados na natureza para tornar o processamento de informações mais simples. O novo implante deve levar em conta essas diferenças. Segundo os pesquisadores, os implantes puramente baseados em modelos de câmera podem até permitir que as pessoas cegas vejam, mas essa visão acaba sendo um mundo desprovido de beleza. Tal falha enfatiza as sutilezas do sistema visual humano e a necessidade de adoção, e não adaptação, de tecnologia de câmera para os olhos.[POPSCI]

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